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O adeus a Jaiminho, a Cultura perde mais um pedaço de sua história

Fundador da escola de samba O Bola Verde e carnavalesco Itapecuruense parte aos 65 anos

Alberto Júnior
Por: Alberto Júnior Fonte: Da Redação
06/03/2025 às 07h03 Atualizada em 06/03/2025 às 08h12
O adeus a Jaiminho, a Cultura perde mais um pedaço de sua história
Jaime Costa Alves Filho *1959 + 2025. Imagem: Arquivo da família

O último dia de carnaval 2025 em Itapecuru Mirim ficou marcado não só pela despedida da festa de Momo, mas pela despedida de um grande carnavalesco Itapecuruense.

Jaime Costa Alves Filho, o Jaiminho, foi encontrado sem vida em sua residência, na avenida Beira-Rio, pouco depois do meio-dia desta terça-feira (04). A causa da morte aponta infarto, o sepultamento aconteceu no cemitério municipal na tarde de ontem, quarta-feira de Cinzas (5).

Amigos e familiares sentiram falta da alegria matinal de Jaiminho, ele não abriu a porta, não cuidou das plantas que cultivava como ninguém, não fez o pedido do almoço no restaurante de costume.

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Nascido em 17 de junho de 1959, marcou sua passagem não só por Itapecuru Mirim. Deixou seu legado em Açailândia, São Domingos do Azeitão, São Luís e no estado do Amazonas.

Jaiminho com a mãe, D. Maria, também já falecida. Imagem: Arquivo da família 

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Foi um dos fundadores da escola de samba O Bola Verde, as primeiras letras de enredos da agremiação na ribeira do Itapecuru foram feitas por ele, dentre elas uma inesquecível homenagem à passagem do cometa Haley nos anos 80.

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Exerceu o cargo de gerente da Empresa Maranhense de Terras (EMATER), no município de São Domingos do Azeitão; trabalhou no Instituto de Terras e na Mineração Tabocas no estado do Amazonas, foi funcionário da antiga Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) no município de Açailândia, foi o grande responsável pela ornamentação da cidade de Itapecuru Mirim no período de carnaval durante vários anos.

Amante da poesia, deixou inúmeros poemas sem publicar, dedicou sua vida à arte como artista plástico amador deixando quadros para a posteridade, ficará na memória de quem, como ele, ama a história e cultura Itapecuruenses.

No último dia de carnaval nos deixou, com muitas saudades e lembranças para familiares e amigos que jamais esquecerão do empreendedor que no final dos anos 80 inaugurou o primeiro bar estilizado da cidade, o Signos Bar, ambiente aconchegante e discreto na rua do Sol, centro. 

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Jaiminho em momento de descontração, na praia em São Luís. Imagem: Arquivo da Família 

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Descanse em paz, meu amigo. Sentirei falta das conversas casuais e aleatórias à sombra das árvores no calçadão da Bia, de trocar idéias aos finais de tarde casualmente, regado a uma boa música na Beira-Rio ao anoitecer, das histórias da cidade e de nossa gente que relembrávamos sempre que sentávamos para bater papo.

E obrigado, pelos momentos de cultura que nos brindava a todo instante. Meus sentimentos sinceros a toda a família.

Do amigo, vizinho e admirador, Alberto Júnior.

 

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Joseane Fonseca Há 2 meses Itapecuru MirimMuito justo sua homenagem Alberto,parabéns pelo texto,Jaiminho merecia.
Ana PaulaHá 2 meses São luísSua estadia na terra valeu muito! Cuidou de todos ao redor trouxe alegria, felicidades. Não houve um dia que eu te visse triste meu tio. Te amo demais ❤️
DENISE MEREIDY OLIVEIRA FERREIRAHá 2 meses Itapecuru MirimA família agradece pela linda e emocionante homenagem. Obrigada de coração.
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