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Mensagens anônimas são 'aperitivo' do que serão as eleições 2020 em Itapecuru

A maioria dos itapecuruenses reprovam ataques ofensivos nas redes sociais

12/03/2020 às 06h17 Atualizada em 12/03/2020 às 07h28
Por: Alberto Júnior Fonte: Da Redação
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Desde a última terça-feira (10) mensagens começaram a ser disseminadas em grupos de aplicativo para celular na cidade de Itapecuru Mirim e desagradaram a maioria de quem leu.

Com teor ofensivo e objetivo claro de atacar pessoas conhecidas na política local, as mensagens respondem umas às outras. Servem de alerta para os próprios políticos, com ou sem mandato, que pretendam disputar ou apoiar alguém nas eleições deste ano de 2020.

Independente de "lado", a repercussão negativa das mensagens e o desprezo da população por seu conteúdo reflete o novo modelo de eleitor com que os candidatos terão que lidar daqui para frente. O cidadão informado que já não acredita em tudo que recebe, principalmente via internet.

As mensagens são uma prática muito antiga nos bastidores da política itapecuruense, antes eram enviadas via cartas simples despachadas pelos Correios na capital, São Luís. Como não eram comuns câmeras nas agências, nem outros mecanismos de segurança no envio, ficava difícil identificar a autoria das "encomendas" que chegavam às residências na cidade.

Em tempos de internet e com a popularização de aplicativos de mensagens instantâneas as tais mensagens voltam com força total, mas seu efeito passou a ser totalmente o contrário da época das cartas. Hoje o eleitor tem acesso à informação, pode verificar de imediato fontes, fatos, fotos e até mesmo vídeos. Antes, quando chegavam as cartas, a dúvida era uma aliada fundamental do texto enviado para cada casa.

Sem possibilidade de verificar e desmentir algo dito a seu respeito, aquele que se via alvo das injúrias e difamações escritas nos textos ficava impossibilitado de apresentar sua defesa. Em se tratando de política o tempo era mais que curto e não dava para reverter a situação.

A última eleição presidencial serviu de estágio para a eleição de vereadores e prefeitos em 2020. Como o tempo de campanha passou a ser muito curto em 2018, os marqueteiros aproveitaram para disseminar informações que levavam dúvidas ao eleitor e pudessem dar alguma vantagem a seus candidatos de esquerda, centro, direita e mesmo os tidos como "neutros".

Como o brasileiro ainda não estava familiarizado com a prática de acesso à informação, grande parte do eleitorado se deixou levar pelo conteúdo de mensagens que chegavam em seu aparelho celular. Milhares, no calor da paixão política, defendiam com unhas e dentes, usavam argumentos toscos e alguns chegaram a ir de encontro ao que sempre pregaram apenas para defender os candidatos nos quais haviam declarado seu apoio.

Logo depois do pleito caíram por terra como fake news (notícia falsa, em inglês) a 'caixa preta' do BNDES, o Kit gay nas escolas, a mamadeira de 'piroca' para bebês, jatinhos milionários em nome dos filhos de A ou B, iates luxuosos de propriedade deste ou daquele e tudo isso calejou o eleitor no mais longínquo e menor lugar deste país.

As mensagens desta semana em aplicativos de celular dos itapecuruenses é prova de que a época dos boatos ficou para trás, em menos de 24h já eram passado e serviram exclusivamente para unir apoiadores de candidatos adversários contra este tipo de ferramenta ultrapassada. Para o eleitor, essa atitude é deplorável e tira votos em vez de conquistá-los.

Quem utiliza desta prática arcaica não conhece o mundo da internet e, nem de longe, desconfia que pode ser facilmente identificado. Cada foto, vídeo, mensagem criada no celular leva consigo o número de registro; mesmo passando em centenas ou milhares de aparelhos o caminho sempre leva à maquina de origem. Não adianta "encaminhar" e dizer que recebeu de "outro grupo", além de ser legalmente considerado cúmplice, quem "encaminha" ajuda a identificar o autor.

Da Polícia Federal às Polícias Civis nos estados já contam com softwares (programas de computador) capazes de identificar em questão de horas de onde partiu determinado ataque, injúria, ofensa ou discriminação. Dentro do território nacional ou em qualquer lugar do planeta.

Recentemente o site Itapecuru Notícias foi invadido e tivemos parte de nossos arquivos destruídos, acionamos o provedor de internet e registramos a ocorrência na polícia. Em 40 minutos tínhamos em mãos todo o histórico e a identificação de quem havia efetuado o ataque.

Optar por este tipo de ferramenta com objetivo de levar vantagem, denegrir a imagem, atacar a honra, discriminar ou agir de má-fé nas eleições em 2020 é correr o risco de ter uma surpresa não muito agradável nas urnas. O eleitor já deu seu recado, não aceita ser enganado e quer que os candidatos mostrem propostas concretas que possam melhorar a vida de todo mundo. É bom ficarem atentos!

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