Na última semana circulou um vídeo nas redes sociais e grupos de aplicativos de mensagens da cidade de Itapecuru Mirim sobre falta de atendimento a uma criança no hospital regional Adélia Matos Fonseca, localizado em Itapecuru Mirim.
A equipe do portal itapecurunoticias.com foi em busca da veracidade dos fatos e concluiu que é falsa a informação veiculada com exaustão por um ex-candidato a vereador, com votação inexpressiva nas eleições de 2024, que tentou usar como moeda política o vídeo agregando notícia falsa.
No vídeo a criança aparece com os acessos ainda presos ao braço por esparadrapo, o que mostrar que o paciente havia sido atendido e aguardava em observação junto da mãe.
Os repórteres do itapecurunoticias.com encontraram as pessoas que estavam no local naquele momento e descobriu que não foi a mãe da criança que registrou as imagens, uma outra pessoa que narra a situação e tenta passar a ideia de falta do atendimento. Mesmo as imagens mostrando o esparadrapo segurando os equipamentos usados para administrar a medicação minutos antes.
Segundo relatos, a mãe chegou a pedir desculpas à equipe de enfermagem informando que não gravou vídeo algum e que seu filho havia sido atendido, medicado e apenas aguardava em observação. As imagens mostram também que o paciente está acomodado no que parece ser uma carteira escolar.
A equipe de reportagem verificou que na verdade o paciente está acomodado numa cadeira do auditório do hospital que foi improvisada no corredor devido à superlotação do Adélia Matos causada por uma virose que acomete principalmente criança e idosos. Todas as unidades hospitalares do sistema estadual de saúde estão superlotadas e com escassez de leitos, a Secretaria de Estado da Saúde teve que montar no estacionamento do Multi Center Sebrae, em São Luís, um hospital de campanha para ampliar número de leitos e atender pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Graves (SRAG).
Outra notícia falsa veiculada com o vídeo é que não há medicamento no hospital. Verificamos que a maioria quase absoluta dos pacientes naturais de Itapecuru Mirim que procuram o hospital não apresentam quadro de urgência nem emergência, são pacientes ambulatoriais.
Estes atendimentos são de responsabilidade dos municípios, atenção básica. Os medicamentos enviados pelo governo ao hospital são destinados a pacientes de urgência e emergência, além dos internados na unidade.
Oito profissionais médicos se revezam diariamente nos plantões atendendo a população de 14 municípios e ainda atendem casos de ambulatório, como consultas e análise de exames. Visto que a comunidade não busca estes serviços nas unidades básicas ou postos de saúde do município de Itapecuru Mirim.
Nestes casos o medicamento deve ser retirado na central de distribuição de medicamentos do município ou comprado em farmácias pelos pacientes.
Além dos atendimentos em consultórios de ginecologia, pediatria, obstetrícia e clínica médica o Governo do Estado oferece os procedimentos do programa Sentinela.
São mais serviços de laqueadura, inserção de DIU (um método contraceptivo) e acompanhamento ginecológico gratuito, as consultas são marcadas no próprio hospital regional Adélia Matos Fonseca.
Os pacientes são atendidos pelo Dr Sandro Oliveira, com agendamento marcado no Núcleo Interno de Regulação do hospital.